André Prudente reforçou necessidade de uso de máscara e distanciamento nesta quarta-feira (2).
Por G1 RN
Infectologista André Prudente, diretor do Hospital Giselda Trigueiro, em entrevista coletiva — Foto: Sandro Menezes/Governo do RN/Divulgação
"A gente não pode esquecer que a pandemia não acabou e ela ainda se encontra em uma situação bastante complicada, em que não há vagas para internação, inclusive na rede privada. Parece que as pessoas perderam o medo e se acostumaram com essa tragédia que vivemos desde o ano passado".
A fala é do médico infectologista, diretor do Hospital Giselda Trigueiro e membro do comitê científico do Rio Grande do Norte, André Prudente, ao defender que a população aumente a vigilância sobre as medidas de prevenção à Covid-19.
Em entrevista coletiva no início da tarde desta quarta-feira (2), ele e representantes da Secretaria Estadual de Saúde voltaram a defender a vacinação da população e as medidas de distanciamento e uso de máscara.
"Nosso recado é para desestimular que as pessoas relaxem. Usem máscara, usem álcool em gel e, aqueles que já podem, se vacinem", disse.
Durante o encontro, um dos grupos mais citados pelos gestores foi o das mulheres grávidas, que vem sendo vacinado no estado. Apesar disso, a procura pela imunização está menor que a esperada.
"Hoje é um público que nos preocupa muito", disse a subsecretária de Planejamento e Gestão da Secretaria Estadual de Saúde, Lyane Ramalho. De acordo com ela, a mortalidade do grupo está alta.
O secretário de Saúde do RN, Cipriano Maia, apontou que o último relatório sobre a situação da pandemia no estado destaca sete cidades com alerta vermelho.
"O quadro é de extrema alerta, o que exige de todos nós, atenção e concentração de esforços para proteger vidas. O mapa do indicador composto de ontem mostra que a faixa da população em situação de alerta, amarela ou laranja, é muito alta, inclusive chegando pela primeira vez a 7 municípios em vermelho", disse.
Cipriano ainda apontou que o estado registrou 16 óbitos nas 24 horas anteriores e tinha fila de espera com cerca de 80 pessoas esperando por um leito de UTI e voltou a defender as medidas de prevenção.
"Estamos sem possibilidade de fazermos expansão de leitos, por falta de equipamentos, limitação de medicamentos e principalmente escassez de profissionais", considerou.
Cipriano ainda falou sobre a investigação de casos suspeitos da nova cepa indiana no Rio Grande do Norte e destacou que os municípios devem ampliar a vigilância, para evitar uma possível "transmissão comunitária" da nova variante no estado. Para ele, isso agravaria ainda mais a situação do sistema de saúde.
Vacinação
Nesta quarta-feira (2), o estado começa a distribuição de vacinas para o início da imunização de trabalhadores da educação. Segundo a Sesap, os municípios ainda receberão doses para pessoas com comorbidades, pessoas com deficiência e trabalhadores de saúde que ainda não receberam doses de vacina contra Covid.
Segundo o secretário estadual de Educação, Getúlio Marques, a pactução prevê que primeiro sejam imunizados os profissionais que atuam em creches e pré-escolas públicas e privadas, "começando principalmente por aqueles em maior vulnerabilidade", considerou.
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