16 de mai. de 2021

Menos de 24% da população sexualmente ativa do RN usa preservativo regularmente, diz IBGE

 

Por G1 RN

 


Camisinha é o contraceptivo mais indicado para proteção contra o HIV  — Foto: Mariana Raphael/Saúde-DF

Camisinha é o contraceptivo mais indicado para proteção contra o HIV — Foto: Mariana Raphael/Saúde-DF

Cerca de 23,1% da população sexualmente ativa do Rio Grande do Norte usa preservativos em todas as relações sexuais. É o que aponta o módulo de atividade sexual da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) de 2019 do IBGE, que foi divulgado nesta sexta (14).

O questionamento considerou os participantes que tiveram todas as relações sexuais usando preservativo nos 12 meses anteriores à pesquisa.

Os 23% que responderam "sim" equivalem a cerca de 426 mil potiguares do total de pessoas sexualmente ativas no estado.

Em Natal, o índice foi maior: de 25,7%, correspondendo a 130 mil natalenses.

A pesquisa do IBGE constatou que, tanto em Natal como em todo o estado, o uso regular de preservativo reduz na medida do avanço da idade.

Ou seja, enquanto entre os potiguares mais jovens (de 18 a 29 anos), o uso regular equivale 38,6%, entre aqueles de 40 a 59 anos de idade, há uma redução para 16,6%.

A menor taxa é das pessoas de 60 anos ou mais de idade, em que o uso regular é de pouco mais de 5%.

Procura por preservativos na rede pública

A pesquisa estima que 304 mil potiguares com vida sexual ativa, ou cerca de 11,6%, procuraram preservativos de forma gratuita nos serviços de saúde no período de um ano. Na capital, esse percentual foi de 11,5%, totalizando 82 mil natalenses.

Os homens são os que mais buscaram: 180 mil no estado ou 14,8%. Em relação às mulheres, 125 mil também procuraram - 8,9%.

Camisinha é o contraceptivo mais indicado para proteção contra o HIV  — Foto: Mariana Raphael/Saúde-DF

Camisinha é o contraceptivo mais indicado para proteção contra o HIV — Foto: Mariana Raphael/Saúde-DF

92% dos maiores de 18 anos já tiveram relações sexuais

A pesquisa apontou ainda que no estado 92,2% das pessoas de 18 anos ou mais já tiveram relação sexual pelo menos alguma vez na vida. Esse número representa um total de 2,4 milhões potiguares.

O relatório também indicou que a idade média de iniciação sexual no RN é de 17,3 anos, seguindo o mesmo valor do Nordeste e do Brasil. Natal registrou uma média semelhante: 17,6 anos.

Os dados da PNS mostram também que a idade média de iniciação da atividade sexual no estado é menor entre a população mais jovem. Isto significa dizer que, com o passar do tempo, há uma tendência de redução da idade média de iniciação da atividade sexual dos potiguares.

Na faixa etária de 18 a 29 e de 30 a 39 anos, as idades médias de iniciação sexual foram de 16,2 e de 16,6 anos, respectivamente. Entre aqueles com idade entre 40 e 59 anos, a idade média de iniciação sexual foi de 17,6 anos. Já na faixa etária de 60 anos ou mais, a idade média foi de 18,8 anos.

Menos escolaridade, vida sexual mais cedo

Outro dado apontado é que pessoas com menos escolaridade iniciam a atividade sexual mais cedo do que aquelas de maior escolaridade, tanto no estado como na capital.

A maior diferença em anos ocorre entre as pessoas sem instrução ou com fundamental completo e as pessoas com ensino superior completo: 2,4 anos. Enquanto no estado aquelas apresentam idade média de iniciação sexual de 16,7 anos, estas têm idade de 19 anos. Em Natal, as idades são de 17,1 e 19,1 anos.

Rendimento domiciliar per capita

Segundo a pesquisa, quanto maior a faixa de rendimento atual, mais tarde a pessoa dá início à atividade sexual. A idade de iniciação de atividades sexuais para a menor faixa de rendimento médio domiciliar per capita – até um quarto de salário mínimo – é de 16,4 anos no estado e de 16,8 anos na capital.

Em contraposição, a idade média do grupo de rendimento domiciliar per capita mais elevado – 5 ou mais salários mínimos – é de 20,3 anos no Rio Grande do Norte e de 20 anos em Natal.

Ou seja, em média, os potiguares cujas famílias têm mais alto rendimento per capita deram início à atividade sexual até 3,9 anos mais tarde em relação àqueles de menor rendimento domiciliar per capita.

Homens x mulheres

No estado, os homens têm iniciação sexual mais precoce do que as mulheres. Enquanto para eles a idade média da primeira experiência sexual foi de 16,1 anos, para elas o número é de 18,2 anos. Já em Natal, os valores são de 16 e 18,8 anos de idade.


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