Trabalho aborda as grandes produções realizadas no país, que se diferenciou de artistas internacionais, e busca refletir sobre nova forma de utilização das plataformas digitais.
Por G1 RN
Daniel Campos é autor do livro sobre lives — Foto: Divulgação/UFRN
O Brasil viveu uma explosão de lives culturais devido ao isolamento social imposto pela pandemia de Covid-19 entre 2020 e 2021. Esse novo momento, após uma transição forçada e acelerada para o ambiente digital, virou tema do livro do produtor cultural da UFRN, Daniel Campos.
"Lives e Eventos Culturais no Brasil – Pandemia no Presente, Panorama do Futuro" é um ensaio que abre o olhar para o novo cenário com a lives e as estratégias desse momento. A produção foi publicada pela Lei Aldir Blanc e pode ser adquirido na Cooperativa Cultural da UFRN.
Segundo o autor Daniel Campos, houve uma coleta de dados de artistas e espectadores brasileiros das lives e depoimentos exclusivos de artistas, produtores e outros profissionais envolvidos para a produção do livro. A obra traz referências ainda de trabalhos acadêmicos, sites de jornais e revistas especializadas na internet.
De acordo com Daniel, o Brasil foi, provavelmente, o único país do mundo a realizar um grande número de lives com produção, ou seja, apresentações que requerem planejamento, equipe envolvida, equipamentos e locações que acabam por gerar custos similares ao de um show.
“Diferente do conceito de live em casa, sem (grande) produção e sem músicos, tal como foi apresentado por Chris Martin, vocalista da banda britânica Coldplay, um dos artistas pioneiros das lives durante a pandemia”, explica.
Segundo o autor, o trabalho não tem o propósito de chegar a conclusões definitivas, mas registrar mudanças importantes na oferta de eventos culturais.
O ensaio visa refletir sobre os motivos que tornaram as lives culturais um fenômeno no Brasil, as formas como operam e apontar inovações, atitudes e comportamentos dos artistas diante desse novo cenário nas plataformas digitais, direitos autorais e propaganda e publicidade.
O trabalho aborda, também, questões intrínsecas relacionadas à mediação das lives e às perspectivas e proposições futuras.
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