20 de mai. de 2021

Operação do MP investiga suposto desvio de dinheiro público na contratação de restaurante em Ipanguaçu

 

Por G1 RN

 


Operação Prato Cheio, do MP, apura suposto desvio de dinheiro no município de Ipanguaçu, no RN. — Foto: MP/Divulgação

Operação Prato Cheio, do MP, apura suposto desvio de dinheiro no município de Ipanguaçu, no RN. — Foto: MP/Divulgação

O Ministério Público do Rio Grande do Norte cumpriu seis mandados de busca e apreensão no município de Ipanguaçu, nesta quinta-feira (20), dentro de uma operação que investiga suposto esquema de desvio de dinheiro na contratação de um restaurante pela prefeitura.

A sede da Prefeitura foi um dos alvos da Operação Prato Cheio, como a ação foi denominada. Um ex-secretário municipal de Administração é investigado, segundo o MP.

De acordo com a corporação, o objetivo é apurar um suposto esquema de desvios de verbas públicas da Prefeitura Municipal na contratação de um restaurante para fornecimento de refeições a agentes públicos.

Durante o cumprimento das diligências, uma arma de fogo em situação irregular foi apreendida. A arma foi encaminhada à Delegacia de Polícia Civil de Ipanguaçu para instauração inquérito policial.

G1 tentou contato com a prefeitura do município, mas não teve as ligações atendidas.

A ação contou com a participação de 4 promotores de Justiça, 12 servidores do MPRN e ainda de 28 policiais militares.

Sede da Prefeitura de Ipanguaçu foi um dos alvos dos mandados de busca e apreensão cumpridos pelo MP nesta quinta-feira (20) dentro da Operação Prato Cheio — Foto: MP/Divulgação

Sede da Prefeitura de Ipanguaçu foi um dos alvos dos mandados de busca e apreensão cumpridos pelo MP nesta quinta-feira (20) dentro da Operação Prato Cheio — Foto: MP/Divulgação

Esquema

Segundo o que apurou o MP, o suposto esquema fraudulento foi iniciado em 2017, após a Prefeitura Municipal contratar o restaurante para fornecimento de alimentação. O restaurante tem como proprietário um familiar do ex-secretário municipal de Administração investigado.

O MPRN tenta descobrir, também, se o próprio secretário teria sociedade no empreendimento, o que configuraria o crime de peculato.

Uma das provas levantadas pelos promotores são publicações em redes sociais em que o ex-secretário chega a se apresentar como um dos donos do restaurante.

O restaurante contratado pela Prefeitura foi vencedor em quatro processos licitatórios promovidos pelo município de Ipanguaçu, todos no ano de 2017.

Ainda de acordo com o MP, todas as licitações têm proximidade da data da inauguração e criação oficial do estabelecimento empresarial com a data em que o ex-secretário assumiu o cargo público.

Com o material apreendido, o MPRN irá investigar se há envolvimento de outros agentes públicos nas supostas fraudes cometidas em Ipanguaçu.


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